As livrarias são a TV aberta das letras. Encontra-se nelas apenas o que prometa o máximo de audiência. Quando muito (Cultura, Travessa, Da Vinci), chegam a TV por assinatura. Algo mais seletivo, ligado ainda aos interesses do tempo, claro, mas a interesses sobretudo estrangeiros, bem menos populares. Já os sebos, por sua vez, são nosso Youtube literário. Nestes, depende-se basicamente da sorte, isto é, de outras almas com bom gosto uparem conteúdo, o que fazem limpando as bibliotecas; e de o encontramos antes de ele ser deletado, que é ser vendido. E, muito embora acumulem tanta porcaria quanto a pior TV, o que neles há de bom é bom de um modo que já nem existe.