À parte a falta de estrutura, que afeta mesmo os esportes de eleição, outro grave problema do Brasil é a desigualdade, que o condiciona a uma dispersão mediocrizante. Tirando a parcela brasileira do país (interessada nos esportes já sedimentados, é verdade, com os quais tem contato imediato na rua, no colégio ou no clube da esquina, quase sempre porém sem meios para uma futura dedicação mais exclusiva, profissional), as demais querem a prática daqueles que seguem à distância, pela TV, bem pouco preocupadas com se terão os requisitos físicos e temperamentais que lhes ensejem alguma excelência. Enquanto algumas nacionalidades, mais conscientes de suas limitações, isto é, de seu caráter, dedicam-se aos esportes que lhes são mais propícios (há países que só levantam peso, outros que só correm nas provas de fundo, outros que prioritariamente nadam), há brasileiros que se metem até em Olimpíadas de Inverno.