Eu queria um candidato a prefeito que, uma vez eleito, entrasse em litígio com o Sérgio Cabral, combatesse as UPPs e garantisse o conseqüente retorno gradual da violência ao asfalto, como por aqui se diz. Ou, antes, que os bairros — mais precisamente o melhor deles, a Tijuca — deperecessem e voltassem ao que eram antes de o Governo do Estado iniciar, com o convênio com o crime organizado, o processo de mascaramento da cidade, por intermédio do qual ela acabou se tornando cara de mais para certo tipo não eleito de carioca. E que com esse retorno do já saudoso tráfico às ruas, o preço dos imóveis — entre outros — caísse para o que era há dois anos atrás (uma das marcas de semianalfabetismo sendo a ojeriza aos pleonasmos, tão nobre figura de linguagem), o que, 1º, acabaria com a farra dos aluguéis extorsivos, só renovados agora com reajuste de mais de 100%, e, 2º, levaria os imbecis comprometidos a pagar meio milhão de reais pelos próximos 30 anos a pularem ornamentalmente das janelas de seus apartamentos supervalorizados ao vê-los voltando a valer a mixaria que de fato valem. Isso era o que eu queria que um candidato a prefeito prometesse. E não apenas eu, imagino, como todo e qualquer carioca que não seja ou executivo, ou advogado, ou médico, ou engenheiro. Nem os filhos sustentados por eles.