15.9.13

Português

Lá para as tantas, Miguel Torga chama o português a “língua de que o diabo ainda se serve para falar à avó”. Ainda, porque as demais já lá se foram, finalmente libertas ou mesmo nunca confinadas ao influxo inquisitorial contrarreformista das origens. E para as conversas dele com a avó, que é com quem não se fala senão das coisas de sempre, e com o máximo de circunlóquios possível, não vá a velha melindrar-se.