Contar o episódio me lembra que não sei o nome dele e que preciso um dia parar e perguntar. Mas o senhor que passa os dias numa das esquinas próximas aqui de casa, ora sentado sobre a base da bomba de gasolina de um lado da rua, ora numa cadeira dentro do canteiro destratado que fica no lado oposto — sempre observando os transeuntes, quando não está cochilando —, esse sujeito, cujo nome acabo de lembrar que não sei, deu de me cumprimentar todas as vezes que me via. Chegou a se tornar um hábito. Já atravesso a rua o procurando para o bom-dia ou boa-tarde do costume. E estávamos nisso havia um tempinho, até que outro dia aconteceu de eu passar pouco depois de lhe terem pago um lanche. Ia me preparando para o alô protocolar, de todas as vezes, quando veio a surpresa: “Está servido?”