Reunião de conversas entre Auguste Rodin e seu discípulo Paul Gsell, transcritas por este. Gsell tem uma necessidade meio pretensiosa — francesa? — de escrever bonito, como alguém com muita sensibilidade escreveria — o que por vezes o leva a descrições do que não chega a nos interessar, ou a mais adjetivos do que o necessário. Mas nada, rigorosamente nada que inviabilize a leitura e nos impeça de aprender horrores quando finalmente sai de cena e deixa a palavra com o mestre. A edição ainda vem ilustrada por algumas esculturas, ora quando mencionadas, ora quando lançam luz sobre o tema discutido. Eu, que já passei por tantas e tantas edições do livro do Rilke a respeito de Rodin — de quem foi secretário —, agora me arrependo.