17.9.15

Centro

Tratando da alegada facilidade do judeu europeu em adaptar-se ao exílio — “sem pátria mas radicado em um livro”, “em casa em qualquer lugar” —, Claudio Magris acrescenta que era como se para eles “o mundo inteiro fosse um bairro familiar” ou “a rua da infância em que se fala o próprio dialeto”. Imagem esta que, curiosamente, apenas invertida descreve com exatidão os contos de Bashevis Singer, os quais, se não apresentam muito mais do que os reles falantes de iídiche dos bairros judeus de Varsóvia, o fazem como se dessem a conhecer o centro do mundo.