A epidemiologia, o último refúgio do profetismo. Tal como os antigos profetas de Israel, o epidemiologista se apresenta e anuncia a catástrofe que se aproxima. Uma catástrofe da qual sempre só é possível escapar com uma condição, que é lhe dar ouvido. O profeta antigo chamava ao arrependimento, o atual chama a não sair de casa, aliás ao melhor estilo pascoal, com a Morte lá fora, passando em frente à casa das pessoas. Outra semelhança é que, então como agora, não faltam os desacreditadores e a acusação de alarmismo, oportunismo, sabotagem.