30.7.14

“Igual a todos”

Também eu sou homem mortal, igual a todos,
filho do primeiro que a terra modelou,
cinzelado em carne, no ventre de uma mãe,
onde, por dez meses, no sangue me solidifiquei,
de viril semente e do prazer, companheiro do sono.
Ao nascer, também eu respirei o ar comum.
E, ao cair na terra que a todos recebe igualmente,
estreei minha voz chorando, igual a todos.
Criaram-me com mimo, entre cueiros.
Nenhum rei começou de outra maneira;
idêntica é a entrada de todos na vida, e a saída.

Livro da Sabedoria, 7:1-6.