30.9.12

A pergunta

A primeira pergunta que me veio à mente outro dia, ainda deitado: o que afinal distingue o que só eu vejo, estando acordado, daquilo com que sonho? 

29.9.12

Dilema falso

Trecho de uma das primeiras cartas de Mário de Andrade em resposta a um Drummond ainda jovem e inédito, por volta dos seus 22 anos, muito bem educado em francês e cheio de asco do Brasil. Carta que se encontra em A lição do amigo, reunião delas feita e comentada pelo próprio destinatário, publicada pela José Olympio.
Mais adiante você fala em “apertado dilema: nacionalismo ou universalismo. O nacionalismo convém às massas, o universalismo convém às elites”. Tudo errado. Primeiro: não existe essa oposição entre nacionalismo e universalismo. O que há é mau nacionalismo: o Brasil pros brasileiros — ou regionalismo exótico. Nacionalismo quer simplesmente dizer: ser nacional. O que mais simplesmente ainda significa: ser. Ninguém que seja verdadeiramente, isto é, viva, se relacione com o seu passado, com as suas necessidades imediatas práticas e espirituais, se relacione com o meio e com a terra, com a família etc., ninguém que seja verdadeiramente, deixará de ser nacional. O despaisamento provocado pela educação em livros estrangeiros, contaminação de costumes estrangeiros por causa da ingênita macaqueação que existe sempre nos seres primitivos, ainda por causa da leitura demasiadamente pormenorizada não das obras-primas universais dum outro povo, mas das suas obras menores, particulares, nacionais, esse despaisamento é mais ou menos fatal, não há dúvida, num país primitivo e de pequena tradição como o nosso. Pois é preciso desprimitivar o país, acentuar a tradição, prolongá-la, engrandecê-la. [...] De que maneira nós podemos concorrer prá grandeza da humanidade? É sendo franceses ou alemães? Não, porque isso já está na civilização. O nosso contingente tem de ser brasileiro. O dia em que nós formos inteiramente brasileiros e só brasileiros a humanidade estará rica de mais uma raça, rica duma nova combinação de qualidades humanas. As raças são acordes musicais. Um é elegante, discreto, cético. Outro é lírico, sentimental, místico e desordenado. Outro é áspero, sensual, cheio de lembranças. Outro é tímido, humorista e hipócrita. Quando realizarmos o nosso acorde, então seremos usados na harmonia da civilização. Me compreende bem? Porque também esse universalismo que quer acabar com as pátrias, com as guerras, com as raças etc., é sentimentalismo de alemão. Não é pra já. Está longíssimo. Eu creio que nunca virá. A República Humana, redondinha e terrestre, é uma utopia de choramingas e nada mais. Avanço mesmo que, enquanto o brasileiro não se abrasileirar, é um selvagem. Os tupis nas suas tabas eram mais civilizados que nós nas nossas casas de Belo Horizonte e S. Paulo. Por uma simples razão: não há Civilização. Há civilizações. Cada uma se orienta conforme as necessidades e ideais duma raça, dum meio e dum tempo. Dizer por exemplo que os egípcios da 18º dinastia representam um degrau da civilização antiga que atingiria o esplendor com o séc. V a.C. dos gregos é uma besteira que dá apoplexia na gente. São ambos apogeus de civilizações diversíssimas. Nós, imitando ou repetindo a civilização francesa, ou a alemã, somos uns primitivos, porque estamos ainda na fase do mimetismo. Nossos ideais não podem ser os da França porque as nossas necessidades são inteiramente outras, nosso povo outro, nossa terra outra etc. Nós só seremos civilizados em relação às civilizações o dia em que criarmos o ideal, a orientação brasileira. Então passaremos da fase do mimetismo pra fase da criação. E então seremos universais, porque nacionais. Como os egípcios, como os gregos, como os italianos da Renascença, como os alemães de 1750-1880, como os franceses do séc. 17, como os norte-americanos do séc. 20 etc.

28.9.12

Elomar

Exigência recém-adquirida

Os nascidos em famílias suburbanas, para as quais comer fora é extravagância, passam cerca de vinte anos comendo quase diariamente um único tempero materno, ao qual intercalam a espaços o das avós ou o da madrinha, até que arranjam um bom emprego na Rio Branco e já não suportam dois dias seguidos do mesmo restaurante.

27.9.12

Esquemas

Mais recomposto da vitória e deixando de lado as ofensas aos atleticanos, que não obstante as merecem, digo apenas que o mais engraçado no adiamento desse Flamengo x Atlético-MG, o primeiro encontro do senhor Ronaldo de Assis Moreira com seu ex-clube, é que a Globo-CBF — de olho na transmissão do jogo também para o estado do Rio, o que não seria possível durante uma rodada regular, com outros times cariocas jogando fora — tenha agido por intermédio da diretoria do insuspeito Botafogo, o time que não se mete em esquemas.

Plena

A liberdade mais plena é a de quem menos a concebe. 

Paraíso

Que paraíso este mundo não tornaria a ser, se nem tudo que não merecesse defesa sofresse oposição, e vice-versa. 

Zússia

Antes do fim, disse o Rabi Zússia: — No mundo vindouro não me perguntarão: Por que não foste Moisés? Perguntar-me-ão: Por que não foste Zússia?
São tantas as grandes coisas fora do alcance de nossas mãos, tão inábeis, que acabamos negligenciando as que nos cabem, porque reles. Podemos não ter reservada ingerência alguma nas dez pragas, nem na abertura do mar, ou na extração das águas em Meribá, muito embora não nos falte serviço numa obscura aldeola ucraniana ou polonesa.  

Gedeão

Homem

Inútil definir este animal aflito.
Nem palavras,
nem cinzéis,
nem acordes,
nem pincéis
são gargantas deste grito.
Universo em expansão.
Pincelada de zarcão
desde mais infinito a menos infinito.

GEDEÃO, António. “Movimento perpétuo”. In: _______. Poesias completas. 3. ed. Lisboa: Portugália Editora, 1970.

26.9.12

Aquela antes dessa, ou o contrário

Só conhece a própria língua quem conhece uma língua estrangeira (Goethe), que já ninguém conhece antes de conhecer a própria.

Argumento

Talvez não haja maior argumento contra a liberdade do que a liberdade mesma como argumento.

24.9.12

Moby Dick

Um daqueles livros que Paulo Coelho resumiria a um twit, nesse caso não por não passar de estilo, mas pelo acúmulo de informações que postergam ao máximo a ação, relativamente ao tamanho da obra pouca e simples. Contudo, basta que se tenha em mente que Deus, querendo extinguir do globo a raça humana, transformou-o num imenso e único oceano, — num imenso e único domínio leviatânico —, para se ter um vislumbre da dimensão simbólica existente para além da mera exaustão documentária. Dimensão essa que, apesar de profunda, inesgotável, talvez não impeça que se caminhe para o fim da leitura nutrindo pelos componentes da pesca baleeira o fastio de alguns Inklings pelos hobbits de Tolkien, àquela altura onipresentes. Digno de nota ainda é que o heroísmo trágico daqueles homens ordinários, — alguns, verdadeiros párias —, nós brasileiros o conhecemos de outro lugar.  Nomeadamente, de Os sertões. O que é curioso. Melville começa com aquela leveza superior, quase leviana, de um Machado, e termina prestando aos miseráveis do mar o grave serviço que, mais tarde, Euclides prestará aos do sertão.

22.9.12

Vontades

Minha vontade de ser pai só não é maior que a de não ter filhos.

Todos

Achando desastrosa a liberdade de um só homem, passaram a defender a de ninguém menos que todos.

19.9.12

Idade

........................
Impossível impedir
o branco nos cabelos,
assim como criar ouro:
como se livrar da idade
e de seus incômodos?
Melhor começar logo
o estudo do não ser.

— Wang Wei, “Sozinho na noite de outono”, tradução de Sérgio Capparelli e Sun Yuqi.

18.9.12

Uma solução

Não deve haver no mundo coisa mais injusta do que as regras condominiais para a realização de obras. Simplesmente porque proibi-las aos fins de semana e feriados não é suficiente, uma vez que não contempla, por exemplo, os que trabalham em casa. Ou ainda os que, trabalhando durante a noite, dormem durante o dia. Como ficam esses, ante a volubilidade de gente com acesso a martelo e furadeira? Para dar fim ao suplício que é ter a paz dos dias à mercê dos vizinhos, bastava uma medida por de mais simples, a qual muito me admira não tenha sido pensada: o estabelecimento de uma temporada anual de obras em prédios residenciais. Com estabelecê-la, acabava-se de vez com isso de ter como despertador os miseráveis do apartamento ao lado, com sua mudança na disposição dos armários da cozinha. A restrição não atingiria, é claro, as duas ou três pancadas necessárias para a colocação do que seja à parede de uma sala, mas antes os dias inteiros de perfurações, serragens, lixamentos e marteladas, semana após semana, e sempre segundo o capricho alheio.

17.9.12

Nefelibatismo

Apesar das exceções — pois, com alguma frequência, e uma frequência maior até do que a conveniente, veem-se por aqui pobres olímpicos (cujo nosso maior representante talvez seja o grande Cruz e Souza, filho de escravos que amargou durante a vida a mais tísica das pobrezas nacionais enquanto meditava sob o tédio nebuloso de um parisiense) e ricos que, conquanto sem abrir mão das possibilidades familiares, se revoltam consternados contra as circunstâncias que as proporcionaram, cheios de culpa — a tendência é cada um nutrir pelo mundo a indiferença que permita a renda paterna. É muito natural que, não havendo que se preocupar com o dia de amanhã, existindo para resolvê-lo algo chamado herança, alguns acabem disponíveis para a maior inutilidade ao alcance de seus intelectos. Seja a que for que se dediquem, o cuidado estará sempre no sentido de não se imiscuírem. E mesmo quando pretendam alguma espécie de contribuição, tratarão de empenhar-se por uma que, muito escrupulosamente, não contribua para nada. Majestaticamente. Já outros, à margem oposta daqueles, negociando o almoço para garantir a janta, não perderão a chance, mesmo que diminutíssima, de interferir no rumo das coisas, visando sempre a uma mudança que lhes melhore coletivamente a situação, sempre precária.

16.9.12

Muito ou pouco

Há só uma coisa pior do que não ser capaz de muito, e é não se contentar com pouco. 

15.9.12

Ego

O objetivo das religiões se alcança pelo combate ao ego, que em nenhuma outra é tão eficaz quanto na minha.

12.9.12

Puxa

Para além do acadêmico, que no melhor dos casos trata hoje de ressaltar o mais imparcialmente possível aquilo que, com um pouco mais de atenção dedicada e conhecimentos colaterais, o público mesmo perceberia; para além daquele, pretensamente científico, todo e qualquer discurso a respeito de uma obra de arte (que já só pode ser em favor ou contra ela), sobretudo na internet, não passa de um mais ou menos estendido, informado e pedantesco: “Puxa”. 

Interesse

Uma verdade que eu antes conhecia de ouvir falar, admitindo-a como razoável embora sem muita convicção, e que testemunho agora ser infalível. Definitivamente, não há livros demasiado longos. O que há são livros que não nos despertam o interesse, por melhores e mais fundamentais que sejam. Ora por defeito de gosto, que é o que o torna nosso, ora por lapso de tempo — havendo livros que chegam antes daquela altura da vida ou do dia em que nos poderão ser proveitosos.  

11.9.12

Todos sonham o que são

Eu poucas vezes na vida li coisa tão arrebatadora quanto as palavras do príncipe Segismundo quando de volta ao cárcere, bem ao fim da Jornada Segunda de La vida es sueño, de Calderón de la Barca:
... pues estamos
en mundo tan singular,
que el vivir sólo es soñar;
y la experiencia me enseña
que el hombre que vive, sueña
lo que es, hasta despertar.
Sueña el rey que es rey, y vive
con este engaño mandando,
disponiendo y gobernando;
y este aplauso, que recibe
prestado, en el viento escribe,
y en cenizas le convierte
la muerte, ¡desdicha fuerte!
¿Que hay quien intente reinar,
viendo que ha de despertar
en el sueño de la muerte!
Sueña el rico en su riqueza,
que más cuidados le ofrece;
sueña el pobre que padece
su miseria y su pobreza;
sueña el que a medrar empieza,
sueña el que afana y pretende,
sueña el que agravia y ofende,
y en el mundo, en conclusión,
todos sueñan lo que son,
aunque ninguno lo entiende.
Yo sueño que estoy aquí
de estas prisiones cargado,
y soñé que en otro estado
más lisonjero me vi.
¿Qué es la vida? Un frenesí.
¿Qué es la vida? Una ilusión,
una sombra, una ficción,
y el mayor bien es pequeño;
que toda la vida es sueño,
y los sueños, sueños son.

Seleção

Que será que eles pensam? “A gente goleia a China e cala a boca de todo o mundo”?

10.9.12

O problema

Lembro uma campanha promovida pelo TSE que o dinheiro adquirido com a venda de votos é um dinheiro sujo; o que, sendo ou não sendo — deve haver controvérsias —, está longe de constituir um problema, desde que dinheiro algum perde o valor por estar mais ou menos encardido. E, como o de que se precisa é dinheiro que valha, vindo de onde vier e da maneira que for, o grande risco que envolve essa negociação — risco para o qual nunca vi o mais mínimo alerta — é o de os trocarmos por dinheiro rasgado, que já nenhum estabelecimento aceita. Atente-se, pois, para isso. 

9.9.12

Otimismo

O Adriano passa os próximos dois meses lutando pra entrar em forma. Mesmo não chegando nunca aos 100%, antecipa a estreia para a 38ª rodada, a última do campeonato, contra o Botafogo, no Enganhão. Sem ritmo de jogo, faz uma exibição discretíssima, até que consegue, aos 40 do segundo tempo, o gol do empate, — que, somado a uma improvável combinação de resultados, nos livra uma vez mais da Série B.

7.9.12

Trânsito

Para ser-se um motorista ideal, daqueles louvados pelas campanhas publicitárias em favor da paz, é preciso, antes e acima de qualquer coisa, não ter culhões. Àqueles que infelizmente os têm, se querem ainda por-se atrás de um volante mas sem verem sua honra conspurcada pelo primeiro taxista com que por acaso cruzem, resta uma única alternativa, que é saírem de casa dispostos a matar. Um terceiro grupo de homens, porém, — composto por aqueles que, tendo algum amor-próprio, são demasiado preguiçosos para tirarem a vida de alguém que, houvesse alguma justiça nesse mundo, em primeiro lugar nem a tinha recebido, — um terceiro grupo de homens, porém, abstém-se da estúpida brincadeira, indo e vindo de ônibus, metrô, ou mesmo táxi, — passando incólume por entre a turba de humilhados e ofendidos, quando não de homicidas consumados ou futuros, de que é feito o trânsito das grandes cidades.

Lição

Se há uma coisa que a observação nos ensina, é que tentar emagrecer engorda.

6.9.12

Uma cena triste

A visita de H. H. ao barraco da então sra. Dolores Schiller, grávida. (Tristeza que se completa quando, terminada a leitura, voltamos ao prefácio, há tanto esquecido, e somos lembrados de que ela falece ao dar à luz uma menina natimorta, anos antes da publicação do livro.)

5.9.12

Acepções

Li recentemente A letra escarlate, de Nathaniel Hawthorne, ficcionista norte-americano de extração puritana, contemporâneo ao nosso Alencar. Livro que, apesar de apresentado como romance — romance construído a partir de um documento encontrado numa das salas abandonadas da repartição na qual trabalhava e cujo conteúdo remonta aos primórdios da colonização da Nova Inglaterra —, por girar em torno de uma única personagem e seu estigma, e por ter nas edições em inglês pouco menos de 200 páginas, terminei de ler inclinado a julgá-lo mais propriamente uma novela. E, sem muitos cuidados, fiquei nisso. Até que hoje, folheando o A casa das sete torres — publicado em 1851, portanto um ano após aquele —, logo deparei, no início do curto prefácio, com as acepções que o próprio Hawthorne dava aos vocábulos em questão, — as quais, na tradução de Lígia Autran Rodrigues Pereira, são as seguintes: 
Quando um escritor intitula seu trabalho de romance, visa uma certa amplitude em relação à forma e ao assunto, a que não pretenderia se fosse escrever uma novela. Essa última forma de composição tem por escopo uma minuciosa fidelidade aos fatos não só meramente possíveis mas aos prováveis e ordinários da experiência humana. O romance se reserva o direito de apresentar a verdade sob circunstâncias da escolha ou criação do autor; como obra de arte, porém, deve submeter-se a leis, e peca quando se afasta da verdade humana. O autor pode conduzir a atmosfera ambiente de modo a salientar ou arrefecer as luzes e aprofundar ou enriquecer as sombras do quadro. Sem dúvida, será prudente fazer uso moderado desses privilégios, usando o maravilhoso somente como perfume delicado e sutil e nunca como substância do prato oferecido ao público. Contudo, mesmo que despreze essa precaução, ao romancista dificilmente poderá se acusar de ter cometido um crime literário.

4.9.12

Todos

Relutamos em mostrar a uns poucos o que mais gostaríamos fosse lido por todos. 

Traço comum

Sempre há nos bons romances mais do que neles acontece.

Percebem?

A sociedade tem sua parcela de culpa em rigorosamente cada ato de violência praticado dentro dela, salvo naqueles contra as mulheres, de responsabilidade exclusiva de quem os comete. 

Esquina

Nem um pedido de esmola me confrange mais que a obra de um mau artista posta à venda numa esquina.

3.9.12

Candidato

Eu queria um candidato a prefeito que, uma vez eleito, entrasse em litígio com o Sérgio Cabral, combatesse as UPPs e garantisse o conseqüente retorno gradual da violência ao asfalto, como por aqui se diz. Ou, antes, que os bairros — mais precisamente o melhor deles, a Tijuca — deperecessem e voltassem ao que eram antes de o Governo do Estado iniciar, com o convênio com o crime organizado, o processo de mascaramento da cidade, por intermédio do qual ela acabou se tornando cara de mais para certo tipo não eleito de carioca. E que com esse retorno do já saudoso tráfico às ruas, o preço dos imóveis — entre outros — caísse para o que era há dois anos atrás (uma das marcas de semianalfabetismo sendo a ojeriza aos pleonasmos, tão nobre figura de linguagem), o que, 1º, acabaria com a farra dos aluguéis extorsivos, só renovados agora com reajuste de mais de 100%, e, 2º, levaria os imbecis comprometidos a pagar meio milhão de reais pelos próximos 30 anos a pularem ornamentalmente das janelas de seus apartamentos supervalorizados ao vê-los voltando a valer a mixaria que de fato valem. Isso era o que eu queria que um candidato a prefeito prometesse. E não apenas eu, imagino, como todo e qualquer carioca que não seja ou executivo, ou advogado, ou médico, ou engenheiro. Nem os filhos sustentados por eles. 

2.9.12

Cony


Firme

Quem está pleno de virtude 
é como um recém-nascido: 
................................
Seus ossos podem ser frágeis; seus tendões, tenros, 
mas seu aperto de mão será firme. 
................................

— Lao Tsé.